segunda-feira, 12 de julho de 2010

O cubo.



Palavras que se movem, em quadrado, perdendo-se no ar como o vento que zune no meu ouvido, deixando mensagens de quem já partiu. Tento colocar em cada uma delas, uma cor, som e em cada momento ao revelas as identifico com os meus sonhos, pesadelos, angustias e os meus medos.
Vagueio pelos cantos sem saída, mas que dentro de mim uma estrada se aproxima uma luz me invade a mente e me leva a continua, nesta caminhada penosa mas sempre com o sorriso presente em todas as imagens que reflectem os seus sorrisos os seus choros de criança.
Dou novamente voltas no meu todo sem saber para onde me dirijo ou melhor deixando-me levar pelo tal zunido do vento que passa.
Sem ela possivelmente teria desistido, da vida? Do trabalho? Desta canseira que dia após dia não me alimenta mas me destrói.
É com o seu beber o seu saber que as nossas lutas diárias me levam a olhar em frente dentro deste quadrado fechado onde me encontro.
Arestas já muito polidas do meu caminhar, mas que ainda hoje resvalo devagarinho sem me magoar, pelo facto de ter sofrido se isso poderá dizer a vida dos que por cá vão andando.
Nascido e criado pelo tempo, em lugares diferentes e momentos únicos de uma vida. Experiências mais que muitas e sabores diferentes de criança viajada. “Não trago no bolso de trás uma fisga” essa deixei-a entre pinheiros do seminário lá perto de Espanha onde o Fervença ainda corria e gelava nos duros Invernos.
Hoje dois mil e dez, passados trinta anos vejo o meu País a cair sem parar, todos roubam sem serem punidos e a justiça anda pelas horas da amargura. Já lá vão os tempos do “Srº Juiz” figura importante da nossa praça, agora escondem-se e a culpa é sempre do outro, que por sinal nisso em nada mudou, pobre, desgraçado sem dinheiro, sem conhecimentos sem cunhas.
Construímos quando novos os nossos ideais, nossa forma de viver e passados anos “Eles (políticos) ” devassaram todos os valores pelos quais nos regemos e definidos na Constituição.
Olho para nossa escola que enche a Avenida da Liberdade com bandeiras pretas de protestos unicamente defendendo a cultura de um Povo. Afinal a Escola centro de cultura desapareceu, economicista agora passando a defender os “burros” “caloiros” “mal-educados” e o lema tão propagado pela escola de outrora (Só passa quem souber) e logo me leva ao fado de Coimbra, desapareceu. Algum tempo num programa de televisão “Medina Carreira defendia que a escola é um centro de aprendizagem e aos que não se enquadram neste panorama deveria ser excluídos pelo facto de empatarem os que deseja o conhecimento.
Passei por várias etapas na minha vida, tive directores de escola, reitores, presidente de conselho executivo, etc. …etc. …nomes e mais nomes que para agradar aos clientes, agora com o aparecimento dos Mega, já alguns que chegaram a esses lugares por cunhas, bradam aos céus pelo facto de verem os seus pareceres sem valor e o aparecimento do Super/Director que trás na bagagem como treinador de futebol a sua “gente”.
Ai estou eu novamente de voltas dentro do meu quadrado onde me fecharam as janelas e às horas certas me dizem o que deva fazer. Lá bem no fundo ainda consigo ouvir o FMI de José Mário Branco que há muito o tentaram silenciar.

Um comentário:

  1. Belo jogo de palavras.
    Gostei muito de seu espaço. Vou exploirar com mais calma, na medida do possível.
    FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja um BOM DIA para você.
    Sauycações Educacionais !

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