quarta-feira, 21 de abril de 2010

CASTANHAS

Na encosta virada para o mosteiro

Majestosos e bem imponentes

Lá estão eles de corpo inteiro

Deixando-nos bem contentes

Nasceram há muito noutros tempos

E cresceram mais na minha infância

Eram grandes verdes e castanhos

Com frutos secos cheios de elegância

Nós os pequenos apedrejam os mais altos

Que eram bem difíceis de chegar

Por vezes picávamo-nos e gritávamos

Não sabíamos a hora de terminar

Era o seu cheiro o seu ar tão elegante

Que para nós era de difícil aproximação

Arvores de um porte tão importante

Que todos nós apanhávamos as do chão

Crianças todas elas da mesma idade

Que brincavam este jogos de encantar

Umas vezes apanha da castanha

Outras a correr até ao nosso lar

Não existia maldade nem proveito

Nas brincadeiras que efectuávamos

Este mundo cada vez mais desfeito

Hoje nem sei porque lutávamos

Uma vida que passa a correr

E os cabelos grisalhos aparecem

Os filhos se vêem a crescer

Dentro em breve desaparecem

2 comentários:

  1. RECORDAÇÕES...SENSAÇÕES...ASSOCIAÇÕES DE IDEIAS...CONCLUSÕES. TUDO BEM CLARAMENTE DITO, MUITO BONITO!
    JINHOS MÃE E AVÓ.

    ResponderExcluir
  2. Quer que eu vire oceano?
    Entrar neste teu blog é transbordar em lágrimas de contentamento, quer pelas tuas doces poesias e poemas, quer pelos temas, imagens e sentimentos contidos. Coimbra, Conimbriga, Penacova, Lorvão, Mondego...
    É minha morada quando estou no paraíso.
    Visitar-te foi um bálsamo. Foi como sentir todo o aroma dos eucaliptais e a docilidade da gente da terra, da nossa raíz. Amo tudo isto.
    Obrigada por me encontrar, obrigada por me fazer pertencer de alguma forma ao que tanto amo e que transbordo em saudades.

    Meu carinho,

    ResponderExcluir